Internacionales

Brasil | A perda de credibilidade do presidente Bolsonaro é crescente



Economía

Os tempos não são normais. A economia brasileira ainda sente os efeitos da covid-19, seja por conta dos impactos nos mercados internacionais ou no cenário doméstico. O choque nos indicadores de incerteza econômica já mostrou sua face contracionista. O grau de incerteza assumiu uma curva exponencial, bastante superior aos eventos de 2008 no plano internacional e de 2015 no momento do impeachment da ex-presidente Dilma. Esses condicionantes impostos pela pandemia devem seguir como principal fonte de explicação para o cenário econômico. O viés para o final de ano ainda segue negativo. A curva de contágio ainda segue trajetória de alta. Uma parte dessa tendência já foi incorporada na avaliação de queda de 4,1% da economia para 2020. A falta de coordenação política pode reforçar uma retomada precipitada para a normalidade social. O efeito desinflacionário da crise já se manifestou, o que provocou uma forte revisão do quadro inflacionário, resultando em novo ciclo de afrouxamento da política monetária. Os efeitos da política doméstica, contudo, contribuíram para forte desvalorização dos ativos brasileiros.

Política

O enfraquecimento presidencial deve resultar no debate sobre interrupção do mandato presidencial. Nesse momento, não há bases políticas para uma transição de governo. A percepção de risco elevada deve manter o foco dos líderes na construção de consensos para a agenda emergencial. O quadro de tensão política, contudo, é crônico. A perda de credibilidade do presidente Bolsonaro junto às demais instituições é crescente. O governo perdeu poder de agenda e está submetido à diversas derrotas por parte da corte constitucional. A agenda de política econômica é voltada para minimizar os efeitos da pandemia, com destaque para mercado de trabalho, transferência de renda e medidas de acesso ao crédito. No setor público, a perda de arrecadação dos entes federados deve resultar em amplo pacote de medidas para preservação da receita. As medidas emergências devem levar á dívida bruta para próximo de 90% do PIB.



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